terça-feira, 26 de maio de 2009

JAGUADARTE



Era briluz. As lesmolisas touvas
Roldavam e relviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.

"Foge do Jaguadarte, o que não morre!
Garra que agarra, bocarra que urra!
Foge da ave Felfel, meu filho, e corre
Do frumioso Babassurra!"

Ele arrancou sua espada vorpal
E foi atrás do inimigo do Homundo.
Na árvora Tamtam êle afinal
Parou, um dia, sonilundo.

E enquanto estava em sussustada sesta,
Chegou o Jaguadarte, ôlho de fogo,
Sorrelfiflando através da floresta,
E borbulia um riso louco!

Um, dois! Um, dois! Sua espada mavorta
Vai-vem, vem-vai, para trás, para diante!
Cabeça fere, corta, e, fera morta,
Ei-lo que volta galunfante.

"Pois então tu mataste o Jaguadarte!
Vem aos meus braços, homenino meu!
Oh dia fremular! Bravooh! Bravarte!"
Ele se ria jubileu.

Era briluz. As lesmolisas touvas
Roldavam e relviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.

Augusto de Campos [transcriação de Jabberwocky, de Lewis Caroll]

2 comentários:

Mehazael disse...

Nossa, impressionante. Muito boa a seleção de hoje (e a imagem, tb). Sempre q venho aqui tenho gratas surpresas.
Mas quero ver mais coisas tuas :P hehehe
Abração!

Gerusa Leal disse...

Oi, Marcelo. Brigada pela visita. Que bom que gostou do Jaguadarte...rs Sou fã de Lewis Carroll e essa transcriação do poema, por Augusto de Campos, acho fenomenal.
Quanto às minhas coisas...rs, andam meio num compasso de espera. Se tem visitado o blog tem visto que a Cidade anda em efervescência literária, e como eu não quero perder as coisas interessantes, ando meio sem tempo...rs Mas prometo em breve postar mais algo meu para degustação dos meus 5 leitores...rs E visitar teu blog também.
Abraço