quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Diversos Afins

QUINQUAGÉSIMA LEVA




Foto: Antonio Paim







CICERONEANDO



Completar ciclos é parte inerente de qualquer jornada pela vida afora. Vencem-se etapas e expectativas são redesenhadas ao longo do tempo. Frequentemente a sensação é a de olhar tudo como se fosse a primeira vez. Quando do seu nascedouro, um projeto jamais é capaz de precisar com exatidão tudo aquilo que irá materializar de fato. Esse algo se torna vivo e vai moldando-se mediante os desafios que se apresentam por entre os dias. Assim tem sido com a Diversos Afins ao longo de sua sucessão temporal. Atingir 50 edições é muito mais do que apegar-se à matemática dos volumes produzidos. Por aqui, tudo sempre fez parte do resultado de um esforço que visa exaltar o humano em suas variadas nuances. Os gêneros que movem a cultura são muito mais do que meras simbologias estilísticas, ou seja, representam a necessidade que temos de expor as epifanias face ao que julgamos abarcar a nossa tenra existência. A redenção pela arte opera num plano notadamente íntimo e pessoal e, mesmo assim, somos capazes de trazer à baila efeitos coletivos de tal experiência. Todas as Levas aqui produzidas são especiais pela gama de expressões mostradas. A grande aldeia global contida na internet opera no surpreendente nível de uma compressão espaço-tempo e tem possibilitado cada vez mais valiosas descobertas. Autores e suas criações podem ser vistos e sentidos sob os mais diversos prismas. E essa condição de visibilidade exige dos criadores um frequente exercício de renovação do olhar, além, é claro, de uma adequada dose de autocrítica. Talvez o maior dos desafios para se continuar os caminhos seja o de alcançar, em boa medida, maturidade. Hoje, 50 Levas representam um complexo de vivências ligadas essencialmente a pesquisas, leituras, observações e, sobretudo, escutas do outro e para o outro. Some-se a isso uma verdadeira paixão pelo discurso impregnado de vida que ronda as obras de escritores e outros tantos artistas. Agora, damos sequência aos nossos passos perscrutando o lirismo de poetas como Maria da Conceição Paranhos, Paulo Tavares, Ana Peluso, Luis Benítez, Iracema Macedo, Rubén Liggera, Sonia Regina, Jorge Elias Neto e Assis de Mello. Através das lentes de Antonio Paim, reservamos atenções a um mundo que passa desavisadamente ante nossos olhos. Numa pequena sabatina, o cantor e compositor Paulinho Moska nos fala sobre seu mais novo disco, demarcando expressões que o posicionam como um artista diferenciado. Os contos de Abilio Pacheco, Gerusa Leal, Alice Fergo e Augusto Cavalcanti refletem signos ativos dos tempos de então. O texto cinéfilo de Larissa Mendes nos convida a vislumbrar muito além do filme O Porco-espinho. No quadro Ouvidos Abertos, as virtudes sonoras de Jabu Morales e Gisele de Santi. Agradecemos aos nossos leitores e colaboradores pelo trilhar de mais uma importante via. Saudações sempre culturais a todos!

http://www.diversos-afins.blogspot.com/ 

Um comentário:

sindro disse...

Oi Gostei do seu texto, convido você a passar no meu blog de textos, obrigado!