Ex-finge
Gerusa Leal
percorre as veredas do meu
corpo
verás que ainda há parte do
humano
que fui quando assim fingia
ser
tateia com vagar todos os
flancos
desse ser tão incomum igual a
ti
de quatro talvez me
descortines
de quatro animais encontras
partes
à minha humanidade
amalgamada
cabeça e seios de mulher
corpo de touro (ou de cão se
assim preferes)
garras de leão asas de ave
e essa imensa cauda de dragão
não temas, amado, inda sou eu
a mesma que desconhecendo,
amastes
e se duvidas de mim, olha no
espelho
verás que, enfim, me
decifrastes
4 comentários:
Que bom, amiga Gerusa Leal, poder estar aqui com você. Bjo e obrigada.
Pra mim uma alegria e uma honra ter meu poema na sua voz e no Domingo com Poesia, Memei. Sou eu quem agradeço. Beijos e obrigada pela visita.
Que poema belo minha prima!! Não negas de quem és filha ein? Parabéns!! Peço licença pra publicá-lo no meu blog e, se ainda assim o permitires, que fizesse alguma coisa pra divulgar essa preciosidade. Acaso ele é um dos poemas de Versilêncios?
Obrigada pela visita, primo. E pelas palavras generosas. É claro que pode publicar no seu blog. É livro do Versilêncios sim. Me passa teu endereço completo pelo inter.g@terra.com.br que te envio um exemplar pelos Correios. Grata também por lembrar de papai. Ele é o culpado pelo meu gosto pela literatura. Abraço
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